São Francisco Marto




Francisco nasceu em Aljustrel, paróquia de Fátima - Portugal, no dia 11 de Junho de 1908, filho de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus Marto.  

Desde os seis anos, todos os dias, saía de manhã cedo com o rebanho que pastoreava, retornando a casa ao pôr do sol. Levava consigo uma sacola na qual estava o alimento e também a flauta, com a qual se divertia, a tocar e a cantar nos penedos mais altos: "Amo a Deus no Céu. Amo-o também na terra, amo o campo, as flores. Amo as ovelhas na serra".

Como Francisco de Assis, amava os passarinhos, porque são criaturas de Deus. Partia o pão para eles em pedacinhos pequenos, em cima dos penedos; chamava por eles: "Coitadinhos! Estão cheios de fome. Venham, venham comer".

Chamava ao sol «candeia de Nosso Senhor» e enchia-se de alegria ao aparecerem as estrelas que designava «candeias dos Anjos».

Era de tal inocência que dizia que ao chegar ao céu havia de colocar azeite na candeia da Virgem Maria.

Costumava dizer: «Que belo é Deus, que belo! Mas está triste por causa dos pecados dos homens. Eu quero consolá-lo, quero sofrer por seu amor».

 (…) O Francisco era tolerante e pacífico, condescendente e bondoso. Não discutia. Talvez já entendesse, naquela idade tão tenra, que da discussão, como regra, não nasce a luz, mas cresce a paixão.

Um dia, um companheiro tirou-lhe um lenço muito lindo. Lúcia interveio, para que o lenço lhe fosse restituído. O Francisco, que não era para contendas disse: -“Deixa lá! A mim que me importa o lenço?”

Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para "consolar a Nosso Senhor".

Não se impressionou muito com a visão do inferno, mas ficava absorto na contemplação da Santíssima Trindade; na contemplação de Deus que se lhe manifestou nessa luz imensa que penetrou até ao mais íntimo da alma.

 "Nós estávamos a arder, naquela luz que é Deus e não nos queimávamos. Como é Deus!!! Não se pode dizer! Isto, sim, que a gente nunca pode dizer! Mas que pena Ele estar tão triste! Se eu o pudesse consolar!"

Nutriu uma especial devoção à Eucaristia e passava muito tempo na igreja, adorando o Santíssimo Sacramento do altar a que chama «Jesus escondido».

"Gosto mais de rezar sozinho", dizia tantas vezes, "para pensar e consolar a Nosso Senhor"! Por isso passava horas e horas junto de "Jesus escondido". Quando já não podia ir, pedia à Lúcia que fosse na sua vez: -"Dá muitas saudades minhas a Jesus escondido".

No ano de 1918 foi atingido pela grave epidemia bronco-pulmonar chamada «espanhola». Sofreu, com íntima alegria, a sua enfermidade e as suas enormes dores, em oblação a Deus.

À Lúcia que lhe perguntava se sofria, respondeu: «Bastante, mas não me importa. Sofro para consolar Nosso Senhor e em breve irei para o céu».

No dia 2 de Abril, recebeu santamente o sacramento da Penitência e no dia seguinte foi finalmente alimentado com o Corpo de Cristo, como Santo Viático que seria a sua primeira e também última comunhão. Poucos momentos, antes de morrer disse: "-  Olhe, mãe, olhe, que luz tão linda, ao pé da porta."

Às 10 horas da noite, a 4 de Abril de 1919, faleceu com calma, sem nenhum sinal de sofrimento, sem agonia, o seu rosto brilhando com uma luz angélica. Nas suas Memórias, Lúcia assim descreveu este momento: "Ele voou para o Céu nos braços da Nossa Mãe Celeste."

Francisco Marto foi um dos três pastorinhos que do dia 13 de Maio até ao dia 13 de Outubro de 1917, aos quais, a Virgem Maria apareceu em Fátima – Portugal. 

Quando, no transcurso da Primeira Aparição, Lúcia preguntou se o Francisco iria para o Céu, Nossa Senhora respondeu: "Sim, ele vai para o Céu, mas terá que recitar o Rosário muitas vezes."

(…) Dentre os três pastorinhos, Francisco parece ser aquele que mais profundamente captou o sobrenatural de Fátima.”

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Imagens da pintura
"São Francisco Marto"
Retrato pintado com técnica mista
Obra original de Gráccio Caetano