Ser santo é um caminho feito de pequenos passos, firmes e com pressa, em linha recta ao céu... Os Santos são os heróis católicos que nos ensinam com sua história de vida algumas pistas do que é a vida plena que foge aos padrões actuais.Os sacramentos e as celebrações fazem parte desta caminhada de santidade.
Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso - 2 de fevereiro de 1634 - Capítulo 4
Terceiro significado da lamparina que arde diante do altar e que se apaga: a sensualidade que varrerá o mundo
“O terceiro motivo pelo qual se apagou a lamparina é porque nesses tempos estará a atmosfera saturada do espírito de impureza, que a maneira de um mar imundo correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos com uma liberdade assombrosa.
"Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer, desenvolver-se e viver sendo seu aroma o encanto de meu filho santíssimo e o para-raios da ira divina. Sem a virgindade seria preciso, para purificar estas terras, que chovesse fogo do céu.
"O invejoso e pestífero demónio intentará, em sua maliciosa soberba, introduzir-se nestes jardins fechados dos claustros religiosos para fazer murchar esta formosa e delicada flor. Mas eu o enfrentarei e esmagarei sua cabeça sob meus pés.
"Mas, ai dor! Haverá almas incautas que, voluntariamente, se entregarão às suas garras.
E outras, voltando para o mundo, serão instrumentos do Diabo para perder as almas".
E outras, voltando para o mundo, serão instrumentos do Diabo para perder as almas".
Quarto significado da lamparina que arde diante do altar e que se apaga: a corrupção da inocência infantil.
"O quarto motivo da lamparina ter-se apagado é que a seita, havendo-se apoderado de todas as classes sociais, possuirá tanta sutileza para introduzir-se nos ambientes domésticos que perderá as crianças e o demónio se gloriará de alimentar com o requintado manjar dos corações dos meninos.
"Nesses tempos infaustos mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade.
"Restarão as comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso, desinteressado empenho na salvação das almas. Porque nesse período a observância da regra resplandecerá nas comunidades, haverá santos ministros do altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho santíssimo e eu nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heróica.
Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos, em virtude dos méritos infinitos de meu filho santíssimo, que os ama como as fibras mais delicadas de seu santíssimo e terníssimo coração.
Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos, em virtude dos méritos infinitos de meu filho santíssimo, que os ama como as fibras mais delicadas de seu santíssimo e terníssimo coração.
“… os desígnios do Senhor sobre as criaturas são imperscrutáveis e profundos. Abarca todos os tempos. As almas religiosas, as felizes moradoras dos claustros, são para-raios da Justiça Divina. Como outros Moisés devem ter sempre os braços levantados ao Céu orando, rogando pelos pobres pecadores, seus irmãos, e para que a Divina Justiça Se digne perdoar os crimes cometidos por todas as nações.” (Madre Mariana de Jesus Torres)
A história e as profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso a Madre Mariana de Jesus Torres foram consultadas no livro “Vida admirável da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso” (Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.) Versão on line disponível em alexandriacatolica.blogspot.com/2011/10/vida-admiravel-da-reverendissima-madre.html
Profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso a Madre Mariana de Jesus Torre...
"Porque te faço saber que, do término do século XIX até um pouco mais da metade do século XX, na hoje colónia e então República do Equador, extravasarão as paixões e haverá uma total corrupção de costumes por reinar quase Satanás nas seitas maçónicas, a qual visará principalmente a infância, a fim de manter com isto a corrupção geral.
Ai dos meninos deste tempo!
Dificilmente receberão o sacramento do batismo, nem o da confirmação. O sacramento da confissão, só enquanto permanecerem nas escolas católicas, que o Diabo porá todo empenho em destruir, valendo-se de pessoas autorizadas. O mesmo sucederá com a sagrada Comunhão.
Dificilmente receberão o sacramento do batismo, nem o da confirmação. O sacramento da confissão, só enquanto permanecerem nas escolas católicas, que o Diabo porá todo empenho em destruir, valendo-se de pessoas autorizadas. O mesmo sucederá com a sagrada Comunhão.
Mas, ai! Quanto sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios, públicos e também ocultos, de profanações à sagrada Eucaristia! Muitas vezes, nessa época, os inimigos de Jesus Cristo, instigados pelo demónio, roubarão nas cidades as hóstias consagradas, com o único fim de profanar as eucarísticas espécies! Meu Filho santíssimo se verá jogado ao chão e pisoteado por pés imundos.
"Mas neste mosteiro conservar-se-ão almas fiéis, esposas amantes e fervorosas que o desagravarão com amorosa ternura, sofrendo por vê-lo assim odiado por seus ingratos irmãos, os pecadores, cujos corações parecerão não ser mais humanos. Por eles rezarão e farão grandes penitências de todos os modos, outras carregarão também a pesada cruz das enfermidades com as quais Deus lavra suas almas, e com isso desagravarão tantos crimes e sacrilégios cometidos no mundo. Até isto o astuto demónio procurará impedir, pondo na imaginação de minhas sofridas filhas ideias desesperadoras com o intuito de fazê-las perder o mérito.
“Mas nesses tempos já te conhecerão a ti, e conhecerão os favores que te tenho dispensado. — quanto amo aos felizes moradores deste recinto sagrado! — e junto com este conhecimento virá também o amor e culto à minha sagrada imagem, que te ordeno hoje terminantemente: manda fazê-la tal qual me vês e coloca-a sobre a sede abacial, para que dali eu governe e dirija minhas filhas e sustente este meu mosteiro, pois satanás, valendo-se dos bons e dos maus, empreenderá dura batalha para destruí-lo.
"E o mais pungente nesse combate dar-se-á em razão de algumas religiosas incautas, que sob aparência de virtude
e zelo mal intencionado, corroerão a existência de sua mãe, a religião, que as aconchegou em seu seio. Assumirão elas sobre si grandíssimas responsabilidades, as quais, só por compaixão divina, o fogo do purgatório poderá purificar.
e zelo mal intencionado, corroerão a existência de sua mãe, a religião, que as aconchegou em seu seio. Assumirão elas sobre si grandíssimas responsabilidades, as quais, só por compaixão divina, o fogo do purgatório poderá purificar.
“Tremam todas estas quando disso souberem! E caindo em si, esforcem-se por reformar a sua comunidade, reformando-se a si mesmas, tendo antes de tudo uma heróica caridade, guardando, com cuidado e amor, dentro do coração, as fraquezas que descobrirem em suas irmãs. Sem esta divina caridade não pode jamais existir virtude alguma, nem caridade, nem profunda humildade, as quais são os únicos fundamentos sólidos da perfeição religiosa. Faltando isto, não haverá senão simulacro de virtude, deixando à vista a putrefação das almas.
"Por este tempo o sacramento da extrema-unção, posto que faltará nesta pobre Pátria o espírito cristão, será pouco considerado. Muitas pessoas morrerão sem recebê-lo — seja por descuido das famílias, seja por um mal entendido afeto para com seus enfermos, outros também por irem contra o espírito da Igreja católica, impelidos pelo maldito demónio —, privando as almas de inumeráveis graças, consolos e força, para darem o grande salto do tempo à eternidade. Contudo, algumas pessoas morrerão sem percebê-lo por justos e secretos castigos de Deus.
"Quanto ao sacramento do matrimónio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra. O maçonismo, que então reinará imporá leis iníquas com o objetivo de extinguir esse sacramento, facilitando a todos o viverem mal, propagando-se a geração de filhos mal nascidos, sem a bênção da Igreja.
Irá decaindo rapidamente o espírito cristão, apagar-se-á a luz preciosa da fé até chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas.
O sagrado sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque neste sacramento se oprime e conspurca a Igreja de Deus, e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes.
O demónio procurará perseguir os ministros do Senhor de todos os modos, e trabalhará com cruel e sutil astúcia para desviá-los do espírito de sua vocação, corrompendo a muitos deles. Estes, que assim escandalizarão o povo cristão, farão recair sobre todos os sacerdotes o ódio dos maus cristãos e dos inimigos da Igreja católica apostólica romana. Com este aparente triunfo de Satanás, atrairão sofrimentos enormes aos bons pastores da Igreja, e à excelente maioria de bons sacerdotes e ao Pastor supremo e Vigário de Cristo na terra, que, prisioneiro no Vaticano, derramará secretas e amargas lágrimas na presença de seu Deus e Senhor, pedindo luz, santidade e perfeição para todo o clero do universo, do qual é rei e pai.
Irá decaindo rapidamente o espírito cristão, apagar-se-á a luz preciosa da fé até chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas.
O sagrado sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque neste sacramento se oprime e conspurca a Igreja de Deus, e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes.
O demónio procurará perseguir os ministros do Senhor de todos os modos, e trabalhará com cruel e sutil astúcia para desviá-los do espírito de sua vocação, corrompendo a muitos deles. Estes, que assim escandalizarão o povo cristão, farão recair sobre todos os sacerdotes o ódio dos maus cristãos e dos inimigos da Igreja católica apostólica romana. Com este aparente triunfo de Satanás, atrairão sofrimentos enormes aos bons pastores da Igreja, e à excelente maioria de bons sacerdotes e ao Pastor supremo e Vigário de Cristo na terra, que, prisioneiro no Vaticano, derramará secretas e amargas lágrimas na presença de seu Deus e Senhor, pedindo luz, santidade e perfeição para todo o clero do universo, do qual é rei e pai.
"Ademais, nesses infelizes tempos haverá um luxo desenfreado que, por ser laço de pecado para os demais, conquistará inúmeras almas frívolas e as perderá. Quase não se encontrará inocência nas crianças, nem pudor nas mulheres, e, nessa suprema necessidade da Igreja, calar-se-á aquele a quem competia a tempo falar".
Bibliografia:
A história da Madre Mariana de Jesus Torres foi consultada no livro “Vida admirável da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso”
Este livro foi escrito pelo Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.
Versão on line disponível em
Mais pormenores históricos e teológicos acerca da Madre Mariana de Jesus Torres foram consultados
“Madre Mariana de Jesus Torres”
Técnica mista sobre papel
Pintura original de Gráccio Caetano
O anel que Jesus deu a Madre Mariana
Mariana, ainda criança, quis seguir sua tia para o Equador para com ela consagrar a sua vida na ordem
das Concepcionistas, dedicada à Imaculada Conceição de Maria.
Ao ler o livro “Vidaadmirável da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidentede Nossa Senhora do Bom Sucesso”, percebi que Mariana, desde muito pequena, tinha
consciência do que era a vida consagrada.
Nestes tempos em
que o mundo interroga os consagrados, homens e mulheres que se consagraram e
consagram a vida a Deus, urge a voz dos que acham que a vida celibatária não
traz a felicidade e até é um despropósito para um ser humano ciente das suas
capacidades.
Para muitos, a
vida consagrada e celibatária parece um monte alto demais para quem “deseja ser
feliz” nestes nossos tempos.
Então deparo-me
com a vida de Madre Mariana que lembra-me Santa Teresinha do Menino Jesus, que
desde a tenra idade, conheceu a sua missão de consagrada em corpo e alma.
No entanto, Santa
Teresinha do Menino Jesus propõe um caminho pequenino feito de pequenas ações
quotidianas para chegar à santidade.
Mariana, por sua
vez, leva-nos por um caminho que nos aproxima mais do céu do que da terra.
Se Santa
Teresinha via nas pequenas coisas do dia a dia, oportunidades de sacrifício e
de oferecimento a Jesus, Mariana galga o caminho dos místicos.
E por isso, convido-lhe
a conhecer o dia em que Mariana professou os seus votos como consagrada.
“Ao terminar de
pronunciar os votos, foi ao Céu arrebatada em êxtase e viu e seguiu a Pessoa do
Verbo Divino, a Santíssima Humanidade unida à Divindade e o Homem Deus
belíssimo Jovem, em sua rica idade de trinta e três anos. Com inefável
Majestade e doçura desposou-se com ela, colocando em seu dedo da mão direita um
anel formosíssimo com quatro pedras preciosas. Em cada pedra vinha escrito em
latim e castelhano um dos quatro votos: pobreza, obediência, castidade e clausura.
No meio do anel, primorosamente esmaltado, havia uma estrela com o monograma do
nome de Maria.”
Mariana consagra-se
inteiramente a Jesus e Este lhe coloca um anel que resume o compromisso que
todos os consagrados devem conservar em seu corpo e alma: pobreza, obediência, castidade
e clausura.
A pobreza, por si
mesma, é um estado que vai além do estado de pobreza material. “Ter coisas” é
um estado de sentir profundamente no coração e não tanto um estado físico. Como
disse Jesus nas suas bem-aventuranças: “Bem-aventurados que têm um coração de
pobre, porque deles é o reino dos Céus.” (Mateus 5,3)
Ser santo é ser
pobre o íntimo do seu coração. É esperar o pão de cada dia, sem amontoar o que
sobrou em seu celeiro, mas distribuindo o que lhe sobra pelos que necessitarem.
Aqui entra também a fé na Divina Providência de Deus. Acreditar que Deus dará a
cada dia o necessário. O consagrado está assim entregue por si mesmo nesta “pobreza”
no ver e sentir, para estar livre e
totalmente voltado ao seu Senhor.
A obediência
surge também no anel de Mariana como garantia que a sua vontade deve se curvar
à vontade de Deus. A obediência aos superiores da ordem e antes destes, a
obediência a Deus, aos seus mandamentos, à Vontade de Deus, movida pelo
verdadeiro magistério da Igreja. O consagrado move-se pela obediência como
criança nas mãos do Pai Eterno, sob o manto da Mãe Santíssima. O consagrado
move-se assim como humilde serva do Senhor, sem interrogar o caminho, mas sim,
dizer o sim dos que põem a mão do arado e semeiam o campo, mesmo que nada possa
nascer dele. Como Santa Rita de Cássia que obediente à sua superiora rega um
tronco ressequido do jardim, sem nada esperar ou refletir da utilidade da sua
ação. E foi com este ato de fé e de obediência de Santa Rita que fez o tronco ressequido
germinar novamente como resposta à obediência que o ser humano deve ter a Deus,
apesar das perseguições e dificuldades que o caminho de santidade se mostrar.
A castidade é
então o voto que se alia a esta obediência como folhas que dão vida mais
robusta e verdadeiramente livre. O celibato dos consagrados é esta pérola de
total entrega a Deus. Só Deus basta, como diz Santa Teresa. Quem tem Deus, que
mais precisa, que mais deseja? São as virgens prudentes (Mateus 25, 13), que
aguardam o esposo e ouvem o seu chamado em plena noite, tendo óleo suficiente
para manter acesas as suas lâmpadas, enquanto aguardam a sua chegada. A parábola
das virgens que estavam ou não preparadas para ir ao encontro do seu esposo é
uma chamada de atenção de Jesus para esta separação entre os que tem o “óleo suficiente
para acender as suas lâmpadas” e os que não tem. Este óleo da total entrega de
quem não dorme enquanto a espera a volta do seu Senhor, conseguiram ter o óleo da
santidade em suas lamparinas para acendê-las, e assim conseguirem caminhar
seguro ao encontro do seu Amado Jesus. “Vigiai, pois, porque não sabeis, nem o
dia e nem a hora”. (Mateus 25, 13)
A clausura é
então este recolhimento da alma no mais íntimo espaço junto a Jesus. Nem todos
os consagrados vivem em clausura, separados do mundo. Mas penso que esta clausura
espiritual é onde se encontram todos os consagrados que ali no interior da sua
alma encontram-se com o seu Amado Jesus. Ali, aonde o mundo não entra, está a
alma junto aos pés de Jesus, beijando-lhe as suas chagas e sentindo-se tão
amada e inebriada por uma paz infinita. O amor verdadeiro preenche inteiramente
o coração, pelo que tudo o mais é excesso e desnecessário.
Para além das
pedras dos seus votos, o anel da consagração que Jesus deu a Mariana tem ainda
o monograma de Maria, a Mãe Santíssima que leva os seus filhos queridos ao
Filho Jesus. Pelas mãos de Maria, eis que Jesus se mostra mais perto, com a
clareza de quem atinge o céu sem tantas explicações racionais. Basta que a Mãe
diga que é assim, que o filho sabe que é o certo e melhor para ele. Maria calca
aos pés, a serpente que ilude e coloca no coração humano a dúvida e a falta de
confiança na Vontade Divina.
Maria nos leva
pela mão, resgatando-nos do que julgamos achar certo, e que pela mentalidade
infantil que temos a respeito da vida, só por Ela, é possível avançar sem medo
na Vontade de Deus para a nossa vida.
Por isso, na profissão
dos seus votos, Mariana teve como padrinhos da sua consagração, a Santíssima
Virgem e o castíssimo esposo São José.
O que espera a
vida de um consagrado, senão a cruz neste mundo?
Por isso, Jesus presenteia
a sua cruz à sua esposa consagrada Mariana, “com todas as dificuldades e penas
que padeceu em sua vida mortal”.
O mundo não
percebe o caminho dos consagrados. Cada vez mais, por nossas ruas e modas
hodiernas, há um escárnio diante dos hábitos dos consagrados. Um padre com sua
batina ou uma freira com o seu hábito é contradição para o mundo que tanto
deseja ser feliz encharcado de bens materiais.
O amor é vendido
neste mundo em uma grande embalagem de prazer e quando tal não é conseguido, é
logo pisado aos pés e calcado. Porém, existe um abismo enorme entre o prazer e
o amor. O verdadeiro amor é fonte de prazer, mas nem todo o prazer produz amor.
O prazer que o verdadeiro amor oferece não se desenha assim com cores da paixão
ardente pois este fogo apaga-se mal chove uma contrariedade.
O verdadeiro amor
é esta cruz que Jesus nos oferece. Sim, o amor verdadeiro aceita a cruz de amar
o outro, seja na alegria ou na dor, seja na tristeza ou na alegria, seja quando
tudo corre bem ou quando tudo correr mal. O verdadeiro amor prova-se no tempo e
não no momento. O tempo irá dizer-te se aquela pessoa te ama verdadeiramente ou
não. Nunca se poderá medir um amor apenas por uma palavra, mas sim por vários
gestos, ao longo do tempo.
O mundo tem
pressa de ser feliz, porém o amor verdadeiro não tem pressa de se expor. O amor
verdadeiro é como aquele tronco ressequido que Santa Rita de Cássia regou generosamente
sem nada esperar. Ao regar, colocava não apenas água, mas o amor totalmente
gratuito e sem esperar retorno humano. Por isso, o tronco que se julgava morto,
reviveu.
Se o amor não
ressuscitar o outro da sua morte espiritual, não é verdadeiro amor. Se o meu
amor não poder semear no outro a esperança, de que valerá este sentimento se esvai-se
em alguns momentos de prazer.
Por isso o
verdadeiro amor é aquele que carrega a cruz do outro. E esta é a felicidade que
Jesus propõe a todos que O amarem.
“Vinde a mim, vós
todos que estais aflitos sob o fardo, e
eu vos aliviarei. Tomai o meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque
eu sou manso e humilde de coração, e achareis repouso para as vossas almas. Porque
o meu jugo é suave e o meu peso é leve.” (Mateus 11, 28-30)
A vida de um
consagrado é a vida de imolação. Se antes, os pagãos sacrificavam animais e até
pessoas para os seus deuses, aguardando que assim estes deuses seriam benéficos;
com o Deus dos cristãos, esta oferta não é por obrigação mas sim por aceitação
livre, vocação de consagrado, viver neste mundo o que na vida além morte os
aguardaria.
O consagrado vive
antecipadamente o encontro com o Senhor que a morte física traz a todos,
crentes e não crentes.
O consagrado são
estas almas que se sacrificam neste mundo pelos outros. São estes, o sal da
terra (Mateus 5,13) que favorece a tantos com o dom da fé.
Nossa Senhorapedia instantemente aos três pastorinhos em Fátima, Portugal, que rezassem
pelos pecadores, que até fizessem sacrifícios por eles porque tantos iam para o
inferno.
Santa Teresinha do
Menino Jesus sentiu que a sua consagração poderia salvar a muitos, e ainda antes
de entrar no carmelo, rezou e ofereceu sacrifícios por um condenado à morte,
cuja história conheceu dos jornais da sua época, para que não se condenasse
eternamente.
Se estes santos se
sacrificavam por desconhecidos porque não nos se sacrificaríamos por nossos familiares
e amigos?
A verdadeira
alegria é salvar as almas dos que mais estimamos, leva-las para perto de Jesus,
para sentir esta verdadeira felicidade, a eterna, a que nunca acaba, a que não
finda com a morte física.
Sim, desejo ser
feliz, tendo Jesus e levando Jesus a todos os que me cercam. Esta é a
verdadeira felicidade pois só Jesus preenche inteiramente o coração humano. Em
Jesus, a cruz ressuscita e nada é em vão, nesta vida, quando oferecido a Deus,
pela nossa conversão e pela conversão de quem mais amamos.
A história de Madre
Mariana me convida a ir mais além do que julgamos e concebemos quando falamos
de amor.
O que é o amor,
senão esta verdadeira alegria de ver o outro feliz, de saber que aonde estamos
bem, queremos que o outro esteja também.
Mariana convida-me
a olhar os consagrados de hoje como as lamparinas que ainda iluminam as trevas
neste caminhar às escuras dos relativismos por um caminho seguro e reto, o
caminho de Jesus.
A história da
Madre Mariana de Jesus Torres foi consultada no livro “Vida admirável
da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa
Senhora do Bom Sucesso”. Este livro foi
escrito pelo Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do
Convento Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.
Versão on line
disponível em
Convido-lhe a conhecer um pouco da história de Madre Mariana em
Sobre Santa Teresinha do Menino Jesus
Sobre Santa Rita de Cássia
Sobre as aparições de Nossa Senhora em Fátima - Portugal
www.youtube.com/watch?v=xa6LE__V3Qw&list=PLSyamnfTN-NErSkmjkOIs0Rm4RTw4_3ye
www.youtube.com/watch?v=xa6LE__V3Qw&list=PLSyamnfTN-NErSkmjkOIs0Rm4RTw4_3ye
As fotos usadas neste artigo são pinturas originais de Gráccio Caetano
Madre Mariana professa os seus votos e amor por Jesus
Tendo a idade suficiente, Mariana professou no dia 4 de outubro de 1579.
Ao terminar de pronunciar os votos, foi ao Céu arrebatada em êxtase e viu e seguiu a Pessoa do Verbo Divino, a Santíssima Humanidade unida à Divindade e o Homem Deus belíssimo Jovem, em sua rica idade de trinta e três anos. Com inefável Majestade e doçura desposou-se com ela, colocando em sue dedo da mão direita um anel formosíssimo com quatro pedras preciosas. Em cada pedra vinha escrito em latim e castelhano um dos quatro votos: pobreza, obediência, castidade e clausura. No meio do anel, primorosamente esmaltado, havia uma estrela com o monograma do nome de Maria.
Neste inefável desposório foram padrinhos a Santíssima Virgem e seu castíssimo esposo São José. O Divino Esposo Jesus presenteou sua cruz – com todas as dificuldades e penas que padeceu em sua vida mortal – à sua esposa Mariana.
“Minha esposa – disse-lhe – quero que sigas a vida de imolação. Tua vida será um martírio contínuo. Fez-lhe conhecer toda espécie de tribulações, tentações e perseguições que haveria de padecer, preservando-a somente das tentações contra a angelical pureza. Disse-lhe que sofreria perseguições terríveis da parte das criaturas, como também de pessoas boas e justas. Conheceu as desolações espirituais, desamparos de Deus e ausências de seu Amado, em uma palavra o martírio prolongado e cruel de sua vida de amor crucificado. Com profunda humildade, respondeu a sua Amante: “Aceito agradada e agradecida, como dom precioso, os sofrimentos com os quais me presenteias. Ofereço-me a imitar tua vida, mas como miserável criatura, embora a vontade esteja pronta, temo que minha natureza desfaleça e rogo-te que me assistas com tua graça.”
O Divino Esposo promete ajudá-la e mostra veladamente as graças que lhe tinha preparadas. A aparição da Santíssimas Virgem do Bom Sucesso, ela também conheceu envolta em véus, e a medida em que transcorriam seus dias, se esclarecia o significado de tudo quanto num êxtase inefável havia visto.
A seguir, a Santíssima Virgem dirigiu-lhe palavas de doçura maternal: - “Minha filha,-disse-lhe – tu és minha predileta e não só viverás coberta sob meu manto, mas escondida dentro de meu coração e para que não tenhas afetos terrenos e só amor a meu Filho Santíssimo e a mim, cortarei esta veia de teu coração”. E aproximando sua mão do coração da nova esposa de Cristo fez tal corte, não tendo Mariana nunca sentido dor tão aguda e tenaz, a qual permaneceu até a sua morte. Ela sentiu que a veia cortada estava retorcida no peito.
Depois aproximou-se seu padrinho celestial, o glorioso São José, colocando-lhe no peito uma açucena e dizendo fazer isto para que nunca tivesse nem um pensamento, nem movimento algum contra a angelical virtude da pureza.
A Revda. Madre não teve nenhum afeto terreno. Seu amor foi tão somente a Deus e ao próximo.
Quando ia voltar do êxtase sentiu que o Divino Esposo tirava-lhe o anel e sofreu uma dor tão veemente que pareciam lhe arrancar o dedo.
Durante todo o tempo que ficou arrebatada, seu corpo permaneceu flexível e podiam move-la para fazer todas as cerimonias da profissão.
Seu rosto estava como uma rosa, iluminado, algumas vezes alegre e outras vezes derramando torrentes de lágrimas.
Seu rosto estava como uma rosa, iluminado, algumas vezes alegre e outras vezes derramando torrentes de lágrimas.
Após a profissão e depois de ter tomado o nome de Mariana de Jesus, começou uma vida mais angélica do que humana. Voava no exercício de todas as virtudes, cumprindo diligentemente as ordens do seu Divino esposo.
“Oh! Incompreensíveis segredos do amor divino para com esta virgem cândida, que acaba de celebrar seu desposório com o Divino Amante! Oh! Quantos acúmulos de graças e como preparar Sua esposa para a vida de imolação e sacrifício.” (“Vida admirável da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso” - Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.)
A história da Madre Mariana de Jesus Torres foi consultada no livro “Vida admirável da Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso”
Este livro foi
escrito pelo Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do
Convento Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.
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“Madre Mariana
professa os seus votos e amor por Jesus”
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Mensagem de Nossa Senhora Rainha da Paz, transmitida em 09/10/2019 Angü...
Mensagem de Nossa
Senhora Rainha da Paz, transmitida em 09/10/2019
Angüera - Brasil
Nestes tempos difíceis, peço-vos que mantenhais acesa a chama da vossa fé. Não vos afasteis da oração. Acreditai firmemente no Evangelho do Meu Jesus e buscai forças na Eucaristia. Aconteça o que acontecer, permanecei firmes no caminho que vos apontei. Sede fiéis ao verdadeiro Magistério da Igreja do Meu Jesus.
Depois de toda a tempestade, a Vitória de Deus virá pela verdade. Eu vos amo e vim do Céu para ajudar-vos. Não recueis. Dai-Me vossas mãos e Eu vos conduzirei Àquele que é o vosso Único Caminho, Verdade e Vida. Avante sem medo.
Esta é a mensagem que hoje vos transmito em nome da Santíssima Trindade. Obrigada por Me terdes permitido reunir-vos aqui por mais uma vez. Eu vos abençoo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ficai em paz."
No dia 10 de outubro de 1987, Nossa Senhora aparece a Pedro Régis em Angüera, Brasil, transmitindo-lhe a primeira mensagem pública. Desde então e até a presente data, Nossa Senhora continua a aparecer a Pedro Régis, tendo nas mensagens, para além de profecias, algumas delas já concretizadas, importantes alertas e apelos à conversão, convidando a seguir fielmente a Cristo e o seu verdadeiro
Magistério na Igreja Católica.
Esta mensagem de Nossa Senhora de Angüera e todas as mensagens até agora publicadas podem ser consultadas em
Madre Mariana de Jesus Torres Parte I
Madre Mariana de Jesus Torres nasceu na Província de Viscaya, Espanha, em 1563.
Era filha do Sr.Diego Cediz e da Da. Maria Berriuchaoa Alvaro. Seu nome de batismo era Mariana Francisca.
Era filha do Sr.Diego Cediz e da Da. Maria Berriuchaoa Alvaro. Seu nome de batismo era Mariana Francisca.
Ainda criança preferia estar diante de Jesus Sacramentado do que brincar com as outras crianças.
Aos sete anos de idade, a Igreja que ficava perto da sua casa, incendiou-se. Este incêndio acabou por danificar também a casa onde morava com seus pais e mais dois irmãos. Apesar destas perdas materiais, o que mais entristecia Mariana era não poder visitar a Jesus Sacramentado.
Por razões de família, os pais de Mariana resolveram mudar-se com os seus três filhos para Santiago de Galícia, permitindo que nesta nova cidade ela voltasse a visitar ao
Santíssimo Sacramento.
Santíssimo Sacramento.
Várias vezes, ia prostrar-se diante de Jesus Sacramentado, inflamando-se o seu coração de grande amor, desejosa por unir-se a Jesus na Santa Comunhão.
Sua mãe não queria que Mariana fizesse a Primeira Comunhão antes da idade que na altura se usava para as crianças fazerem a primeira Comunhão que era entre os doze e os catorze anos.
Porém, o confessor de Mariana ao ver a sua vontade de a fazer, deu-lhe a instrução necessária para estar preparada, realizando a sua Primeira Comunhão no dia 8 de dezembro de 1572.
Foi tão grande o êxtase ao receber a Sagrada Comunhão que Maria nesse mesmo dia fez o voto de virgindade, tendo a visão de Maria Santíssima que lhe pediu para ser religiosa
na Ordem da Imaculada Conceição onde daria muita glória a Deus.
na Ordem da Imaculada Conceição onde daria muita glória a Deus.
A partir dessa altura, Mariana procurou viver em sua própria casa como já vivesse em um mosteiro, procurando nas suas atividades diárias viver em constante oração e contemplação, mortificação interior e exterior, vivendo as virtudes religiosas no serviço a seus pais e irmãozinhos.
Quando a sua mãe soube que já podia comungar, deixou-a comungar mais frequentemente, pois os pais de Mariana eram muito devotos, dando graças a Deus por sua filha aspirar às celestiais virtudes.
Em 1556, em Quito no Equador, as principais famílias e demais habitantes da cidade pediram ao Rei de Espanha, que se fundasse o primeiro Mosteiro da Imaculada Conceição.
Uma das fundadoras deste convento foi a Revda, Madre Dona Maria de Jesus Talvada, tia de Mariana. Esta sabendo desta fundação pediu aos seus pais para ir também para Quito.
Seus pais queriam que Mariana fosse religiosa carmelita na Espanha. Porém, Mariana respondia: “Sou chamada para a Ordem da Imaculada Conceição”. E acrescentava: “Eu quero
atravessar os mares e em terras longínquas, longe da carne e do sangue, só consagrar-me ao meu Jesus”.
atravessar os mares e em terras longínquas, longe da carne e do sangue, só consagrar-me ao meu Jesus”.
Tendo deixado seus pais e irmãos, Mariana começou a sua viagem do seu país Espanha, em companhia de sua tia Revda, Madre Dona Maria de Jesus Talvada, e mais quatro
virgens, em reverência às cinco chagas do Seráfico Pai São Francisco para fundar a Ordem da Imaculada Conceição em Quito.
Ao embarcarem, sobreveio no mar, uma terrível tempestade e o navio estava prestes a naufragar.
De seguida, Madre Maria e a menina Mariana viram no mar uma serpente monstruosa de sete cabeças, que movimentando as ondas queria destroçar o navio. Com esta visão, Mariana deu um grito e caiu como morta. A Madre Maria, assustada, temendo a morte da sobrinha, dirigiu a Deus esta humilde oração:
“Tu sabes, meu Deus, que não vou por minha vontade fazer esta fundação, mas é a obediência ao Rei, meu Senhor, que a isto me leva. Se é Tua vontade que nesta Colônia se funde
a Ordem da Imaculada Conceição, faz desaparecer esta tempestade, esta escuridão, e que se acalme a tormenta”.
a Ordem da Imaculada Conceição, faz desaparecer esta tempestade, esta escuridão, e que se acalme a tormenta”.
Mal terminada esta oração, Mariana abriu os olhos e no mesmo instante se fez dia e ouviam uma voz terrível que dizia: “Não permitirei a fundação; não permitirei que progrida; não permitirei que se conserve até o fim dos tempos e a todo o momento a perseguirei”.
Esta foi a voz da serpente no momento em que acalmou a tempestade.
Mariana, após estar sozinha com a sua tia, disse-lhe que enquanto tinha desmaiado teve também um êxtase.
Apesar de ter estado inanimada, Mariana em êxtase viu “uma serpente maior que o mar e uma senhora de incomparável formosura, vestida de sol, coroada de estrelas, com um Menino precioso nos braços. No peito da Senhora havia um ostensório com o Santíssimo Sacramento; em uma das mãos uma grande cruz de ouro que terminava em lança. Com esta lança Ela sujeitou a enorme serpente, que possuía na língua também uma lança de dois gumes. A Senhora apoiando a Cruz no Santíssimo Sacramento e na mão do Menino, golpeou com tanta força a cabeça da serpente que a estraçalhou: nesse momento ela deu esses alaridos que não permitiria a fundação da Ordem da Imaculada Conceição”
Madre Maria compreendeu o que isto significava, e em tempo oportuno fez executar, segundo esta admirável visão, a Imagem da Santíssima Virgem que as concepcionistas trazem no peito.
Mariana comunicou ainda à sua tia as inumeráveis dificuldades e sofrimentos que padeceriam pelo caminho, e que uma vez fundado o Mosteiro, na cidade de Quito, a Comunidade seria vítima, pelo ódio da serpente, de perseguições e imensas tribulações ao longo dos séculos, isso Deus permitiu para a glória de sua Santíssima Mãe.
No êxtase, também
foi dado a conhecer a Mariana de muitas coisas que se passariam na Comunidade:
religiosas santas que floresceriam neste Mosteiro e as almas ingratas que
incorrespondendo à graça da vocação seriam infiéis.
Madre Maria, assustada e aflita ao ouvir esta narração, disse à sobrinha: “Minha filha, se tanto se há de padecer na fundação e tão combatida será a Comunidade das Concepcionistas, não façamos, nem continuemos a viagem: voltemos a Espanha”.
Porém, Mariana
disse à sua tia: “É verdade que sofreremos muito e que haverá almas ingratas,
mas também haverá religiosas santas que com a sua vida interior, sofrimentos e
humilhações darão glória a Deus e à sua Mãe Imaculada, conservando, assim, o
Mosteiro em todos os tempos”. … “e chegará um dia em que a Rainha dos Céus
comunicar-se-á comigo”.
Madre Maria,
convencida pelas razões expostas pela sobrinha, resolveu prosseguir viagem para
efetivar em Quito a fundação, aceitando todos os sacrifícios que daí adviriam,
por amor ao seu Divino Jesus e à sua Mãe Imaculada.
Com o “fiat” de
Madre Maria para a fundação do Mosteiro, os anjos levaram-no contentes ao Trono
da augusta Majestade, enquanto os demónios enfurecidos não impediram a fundação
e o grande bem que esta derramaria nas almas, apesar da guerra cruenta que
fizeram ainda em viagem para Quito.
Os anjos coroariam
estas duas triunfadoras e os coros celestes cantariam um hino de amor à Maria
Imaculada; ao mesmo tempo os protetores das futuras religiosas, que ao longo
dos séculos deveriam santificar, preparariam neste momento coroas de flores
imortais para cingir as frontes das ilustres e heroicas virgens
concepcionistas.
Mariana tinha
apenas nove anos, quando foi para Quito com a sua tia e Madre Maria. Apesar de
ainda ser uma criança, Nosso Senhor concedeu a Mariana o dom da Profecia,
adornada com o sublime grau da oração da quietude. Alguns anos depois, será no convento em Quito que Nossa Senhora de
Bom Sucesso irá lhe revelar os acontecimentos futuros, especialmente
relacionados com o século XX.
Madre Mariana de
Jesus foi o escudo de fortaleza no combate que sustentou Madre Maria, honra e glória
da Ordem de Imaculada Conceição e firmíssima coluna que conserva o Mosteiro,
sendo de se notar que a Ordem foi perseguida pela serpente infernal deste o
berço de sua fundação.
O demónio fez
naufragar no mar as Bulas da Fundação para que elas não chegassem a Toledo, mas
elas foram salvas por mão de anjos e entregues à Santa Madre Beatriz da Silva,Mãe e Fundadora de toda a Ordem Concepcionista.
Findas as
dificuldades no mar, chegaram à terra, mas as dificuldades continuaram, tanto
durante a viagem até Quito quanto no início da fundação do mosteiro.
(Continua no
próximo vídeo: “Madre Mariana de Jesus Torres – Parte II”)
Bibliografia:
A história da Madre Mariana
de Jesus Torres foi consultada no livro “Vida admirável da
Reverendíssima Madre Mariana de Jesus Torres – Mística confidente de Nossa
Senhora do Bom Sucesso”
Este livro foi escrito pelo
Rvdo. Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento
Máximo de São Francisco de Assis de Quito, Equador.
Versão on line disponível em
Mais pormenores históricos e
teológicos acerca da Madre Mariana de Jesus Torres foram consultados
“Madre Mariana de Jesus
Torres”
Técnica mista sobre papel
Pintura original de Gráccio
Caetano
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